quarta-feira, 27 de julho de 2011

Artes marciais invadem o exército americano





410 soldados norte-americanos de 65 bases militares ao redor do mundo, todos com um único objetivo: ganhar o Campeonato Mundial de Artes Marciais do Exército Norte-Americano e conquistar a Taça Pedro Brandão Lacerda.

Pelo segundo ano consecutivo, Fort Hood, no estado do Texas, foi a equipe com o maior número de pontos e levou para casa o troféu que homenageia o faixa-preta brasileiro, sargento do exercito local, falecido em maio de 2010 decorrente de um aneurisma cerebral.

O programa, que utiliza o Jiu-Jitsu como pilar fundamental, foi criado por Matt Larsen, faixa-preta de Romero Jacaré, com o objetivo de preparar os soldados para os combates da vida real, e também de desenvolver um espírito guerreiro nos soldados. “Esse campeonato é somente uma preparação, um treinamento para esses soldados. O evento culminante acontece na guerra”, conta Matt.

Na luta mais comentada das finais, regidas pelas regras de MMA, Henry Liu mostrou como um verdadeiro guerreiro deve se comportar. Na final de 140 libras, Joseph Sandstorm dominou os três rounds da luta, punindo Liu com diversos socos. Liu não desistiu, buscando a luta até o fim, e conseguiu encaixar um golpe no finalzinho do combate. Mas todo o esforço não foi suficiente para vencer.

Sandstorm foi declarado campeão, e o ginásio inteiro aplaudiu de pé o guerreiro Liu. “Estou aliviado, fiz o melhor pude, não importa o quão cansado eu esteja. Vou sempre seguir em frente, nunca desistir”, comemorou o vicecampeão.

O campeonato foi dividido em três fases: Submission, Pankration e MMA. O campeonato não faz diferença entre gênero, idade, faixa, ou experiência. Mulheres enfrentam homens, faixas-pretas lutam contra faixas-brancas, buscando simular da melhor forma possível a realidade do dia a dia desses soldados.

James Stelley, que também luta MMA profissionalmente, foi campeão do primeiro torneio em 2005, e em 2011 voltou ao lugar mais alto do pódio. Faixa-preta de Jiu-Jitsu, Stelley finalizou todas as suas lutas com estrangulamento até chegar à final contra Christopher Kyle, que começou melhor durante o primeiro round, mas foi superado pela experiência e técnica de Stelley.

“Foi muito bom voltar a lutar, representar minha base, o exército. Desde 2009 que não lutava. Sofri uma
lesão no rosto depois da minha luta contra o Hector Lombard no Bellator, então minha motivação era voltar aos tatames e, quem sabe, agora até voltar a lutar MMA também”, finalizou o campeão, que contou com Tim Kennedy, atleta do Strikeforce, em seu corner.




Link:www.tatame.com.br/2011/07/27/Artes-marciais-invadem-o-exercito-americano 
Fonte: revista tatame

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